sexta-feira, 4 de junho de 2010

NO SILÊNCIO DE UM CORAÇÃO

Os tempos eram difíceis ao mesmo tempo em que a felicidade estava presente, pois havia presença e cumplicidade. Por maior que fossem as dificuldades, um abraço, um olhar ou até mesmo um sorriso eram a força necessária para sonhar, fazer planos, construir a base sólida para o futuro.


Um anoitecer e um amanhecer, esse foi o tempo necessário para que de forma silenciosa, um “tremor” como nunca visto antes se formasse nas profundezas da vida. O dia estava lindo, o céu azul sem uma nuvem no céu, o sol iluminava e aquecia os corações que batiam na mesma sintonia. O “tremor” resolveu que era chegada a hora, foi um golpe só e não havia mais chão, a certeza do caminhar já não existia mais, apenas o vazio e a escuridão se faziam em volta dos corações antes felizes e a sensação de estar caindo se fez real.


Hoje, por mais que eu tente, já não vejo a luz daquele sol que dá a vida nem sinto o seu feliz calor; hoje vejo apenas a escuridão, o vazio e a sensação de estar caindo; sinto apenas o frio cortante em meu íntimo e grito, mas mesmo que ouçam não podem ajudar.


Hoje somos apenas o vazio, a escuridão, a dor e eu.

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