VALORES

Ontem no facebook alguns amigos escreveram frases como "Por que amamos as coisas e usamos as pessoas??" (Aury Denadai) ou "as pessoas perderam a noção do que significa companheirismo, amizade verdade, perdem o respeito pela essencia, so sabem dar valor no superficial" (Fran Beraldo), e esses questionamentos se multiplicam dia após dia como se buscássemos respostas em nossa sociedade para aquilo que vemos hoje, mas que já vem de algum tempo: a perda de nossos valores humanos.

Digo isso porque hoje percebo que as pessoas não estão dando importância para o que somos, mas sim pelo que temos ou até mesmo para o status que ocupamos na sociedade.

E para onde foram aqueles "antigos" valores que nossos avós passavam como honestidade, lealdade, amizade e companheirismo? Será que os perdemos com a evolução tecnológica ou pior, será que essa é a evolução humana?

Hoje quanto mais se tem, menos se reparte. Lembro-me quando eu era criança, onde eu e meus amigos brincávamos de forma improvisada, como campos de futebol que montávamos no pasto ou na rua com tijolos se fazendo de traves, pique-esconde, apostávamos corridas de bike, polícia e ladrão, tudo de forma simples, sem se importar com o quanto de dinheiro os pais tinham, mas pelo simples prazer da amizade. Compartilhávamos tudo o que tínhamos e passávamos horas nos divertindo.

Nossas crianças de hoje, já não sabem o que é repartir, pois até os vídeo games se usam do recurso da internet para podermos jogar partidas on-line contra "amigos" virtuais. Já não existe mais a satisfação de sair para brincar. Tudo está muito trancado, preso e distante. Repartir pra que, se eu posso ter muito mais?! E quanto mais eu tenho mais sou visto pelo meus "amigos".

Apesar de todos esses indicativos de "evolução" que eu prefiro definir como decadência da raça humana, ainda acredito nas pessoas que dão mais valor ao brilho de um olhar do que ao do diamante e à beleza de um sorriso sincero do que ao de um carro importado.

E são nessas pessoas que eu acredito, que eu faço questão que façam parte da minha existência...já as demais, bem, essas eu as deixo seguir suas medíocres vidas apoiadas nas aparências.